segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Resenha: Gourmet Premium safra 2009, Café Baronesa





Nosso país e’ o maior produtor de café’ do mundo, produzindo por volta de dois milhões e meio de toneladas ao ano; mais do que o dobro do Vietnã, o segundo maior produtor!

Mas não somente de quantidade vive o café brasileiro, muito ao contrário! Temos, por aqui, cafés que nada devem a qualquer dos mais famosos terroirs cafeeiros do mundo.

O café Gourmet Premium safra 2009 da Café Baronesa e’ um destes grandes cafés brasileiros! Este café, terceiro lugar no concurso 7ª Edição Especial Melhores Cafés de São Paulo, apresenta aroma que me remeteu a cerejas e chocolate, acidez baixa (mas presente o suficiente para não tornar o café pesado) e o amargor no retrogosto que e' como o de um chocolate meio amargo!

Um café de alta qualidade!


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O café de Godard.




Eis aquela que talvez seja a mais emblemática cena contendo o café na história do cinema. 

As partículas da crema do café, que se separam e unem, tornam-se alegorias das relações humanas!

Resenha: Café Yanesha, Peru.



Este café peruano, cultivado pelo povo de origem étnica Yanesha na região amazônica do Peru e torrado pela britânica Coffee Bean, não desaponta.

A bebida (feita na moka) possui um corpo médio/alto,  baixa acidez, dulçor relevante e retrogosto suave (lembrando nozes como sugere a embalagem).

Eu o classificaria como um café mole.

De fato, o perfil não se distingue muito dos cafés arábicas brasileiros. Não encontrei nenhuma característica que consideraria exótica tendo em vista o padrão brasileiro. Não possui acidez acentuada e os aromas estão dentro do espectro do que pude encontrar por aqui.

Trata-se de um excelente café para o dia-a-dia, daqueles que não espantaria nenhuma dona de casa brasileira criteriosa. 

P.S.: Espero como consumidor que os trabalhadores Yanesha possuam condições razoáveis de trabalho para o cultivo, colheita e beneficiamento do café produzido no Peru. A torrefadora Coffe Beans, assim como as demais que torram os cafés Sul-Americanos, Africanos e Asiáticos no Reino Unido, não apresentam o selo “Fair Trade” (que visa garantir tratamento adequado aos trabalhadores de países subdesenvolvidos), algo que considero, como consumidor de café e chá, bastante relevante


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Café envelhecido?



Quando pensamos em bebidas envelhecidas pensamos nos whiskies, no conhaque ou ate’ mesmo em cervejas ou chás, mas e quanto aos cafés envelhecidos?

De fato, não se trata uma prática comum envelhecer o café a fim de incrementar suas características organolépticas. Os resultados do tempo sobre os grãos verdes do café são difíceis de prever. O café envelhecido pode se tornar, assim, somente um café velho, passado.

Quando bem sucedido, o envelhecimento do café proporciona um aumento na viscosidade da bebida, assim como a diminuição de sua acidez.

Encontrei exatamente estas, as características de um café envelhecido com sucesso, no “Old Brown Java” da loja e torrefadora inglesa CoffeeBean . De fato, encontramos neste café da Indonésia (considerado o rei dos cafés envelhecidos) corpo alto e acidez baixa (o que pode ser considerado um defeito).

O trunfo (ou a derrota, dependendo do paladar do degustador) deste Old Brown Java e’, contudo, seu aroma bastante distinto. Algo de látex, químico, bastante distinto, porém suave e agradável ao meu paladar.

Provar um café envelhecido deve estar nos planos de todo amante do café. Para louvar ou amaldiçoar. Eu aprovei.  

P.S.: A foto neste post retrata o old brown java da torrefadora Pumphrey's.